sexta-feira, 8 de abril de 2011

29a Bienal de São Paulo - Obras selecionadas - MAM

Seleção de trabalhos dos artistas Allan Sekula, Ana Maria Maiolino, David Claerbout, Flávio de Carvalho, Harun Farocki, Isa Genzken, Jean-Luc Godard, Jonathas de Andrade, José Antonio Vega Macotela, Joseph Kosuth, Marcelo Silveira, Marcius Galan, Maria Thereza Alves, Rochelle Costi e Superstudio, apresentados na 29ª Bienal de São Paulo. De 20 mar a 15 mai 2011.
 
HÁ SEMPRE UM COPO DE MAR PARA UM HOMEM NAVEGAR

A 29ª Bienal de São Paulo está ancorada na ideia de que é impossível separar arte e política. Impossibilidade que se expressa no fato de a arte, por meios que lhes são próprios, ser capaz de interromper as coordenadas sensoriais com que entendemos e habitamos o mundo, inserindo nele temas e atitudes que ali não cabiam ainda, tornando-o assim maior e diferente.
A eleição desse princípio organizador do projeto curatorial se justifi ca por viver-se em mundo de confl itos diversos em que a arte se afi rma como meio privilegiado de apreensão e de simultânea reinvenção da realidade. Essa escolha torna-se necessária, além disso, para afi rmar a singularidade da arte em relação a outras formas de entender e de intervir no presente, levadas quase ao ponto da indistinção em décadas recentes.

É nesse sentido que o título dado à exposição original, "Há sempre um copo de mar para um homem navegar" – verso do poeta Jorge de Lima tomado emprestado de sua obra maior, Invenção de Orfeu –, sintetiza o que se busca com a 29a Bienal de São Paulo: afi rmar que a dimensão utópica da arte está contida nela mesma, e não no que está fora ou além dela.

É nesse “copo de mar”, nesse infi nito próximo que os artistas teimam em produzir, que de fato está a potência de seguir adiante, a despeito de tudo o mais; a potência de seguir adiante, como diz o poeta, “mesmo sem naus e sem rumos / mesmo sem vagas e areias”.

Por ser um espaço de reverberação desse compromisso em muitas de suas formas, a 29ª Bienal de São Paulo põe seus visitantes em contato com maneiras de pensar e habitar o mundo para além dos consensos que o organizam e que o tornam ainda lugar pequeno, onde nem tudo ou todos são contemplados. Põe seus visitantes em contato com a política da arte.
Foi para tornar a 29ª Bienal de São Paulo ainda mais inclusiva que se desenvolveu esta iniciativa: levar seleções expressivas de obras que fi zeram parte da mostra exibida no pavilhão do Parque Ibirapuera para diversas cidades brasileiras. Embora seja obviamente impossível o transporte integral de exposição tão extensa e complexa para outros lugares, o trabalho conjunto entre a curadoria da 29ª Bienal de São Paulo e as instituições que recebem esses recortes permite que seus visitantes tenham acesso a vários de seus destaques, e que desfrutem, assim, do contato próximo com algumas das mais relevantes produções da arte contemporânea brasileira e internacional.

Quando? Até 15 de maio
Quanto? R$ 8 e gratuito até 12 anos
Onde? Museu de Arte Moderno - Av Infante Dom Henrique 85, Parque do Flamengo (2240 4944) 
Horário: Ter - sex 12h - 18h sab - dom e feriados 12h - 19h A bilheteria fecha 30 min antes do término do horário de visitação

Fonte:
http://www.mamrio.org.br/index.php?option=com_content&task=blogsection&id=4&Itemid=36





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